quarta-feira, 23 de março de 2011

Nada é para sempre...



Não sinto nada mais ou menos... ou eu gosto ou não gosto.
Não sei sentir em doses homeopáticas.
Preciso e gosto de intensidade... mesmo que ela seja ilusória... e se não for assim, prefiro que não seja.
Não me apetece viver histórias medíocres... paixões não correspondidas... e pessoas água com açúcar.
Não sei brincar e ser café com leite.
Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma... que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois...
Ou... que invente boas estórias... caso não possa vivê-las.
Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante.
E porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas...
Embora o faça sem dificuldade, se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia...
Quero grandes histórias e estórias...
Quero o amor e o ódio...
Quero o mais... o demais... ou o nada...
Não me importa o que é de verdade... ou o que é mentira...
Mas, tem que me convencer... extrair o máximo do meu prazer... e me fazer crer que é para sempre...
Quando eu digo, convicto, que “Nada é para sempre...!”

                                                               (Gabriel García Márquez)

Nada mesmo...

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