quarta-feira, 16 de março de 2011

Amor: Anarquia de Sentimentos !


Não consigo imaginar nada mais satisfatório do que Amar... e mesmo não sabendo o que o Amor significa... sei o que representa.
É o que nos faz, no meio de uma multidão, destacar alguém que se torna essencial para nosso bem-estar... e o nosso para o dele.
É receber uma atenção exclusiva e ofertá-la na mesma medida.
Ter uma intimidade milagrosa com a alma de alguém... com o corpo de alguém... e abrir-se para essa mesma pessoa de um jeito que não se conseguiria jamais abrir para si mesmo... porque só o outro é que tem a chave desse cofre...

O Amor é uma subversão, e seu vigor nunca será encontrado em amizades ou parentescos...
Todas as palavras já foram usadas para defini-lo: magia.. surpresa... visceralidade... entrega... completude... requinte... deslumbre... sorte... conforto... poesia... aposta... amasso... gozo...
Amar prescinde de entendimentos...
Por isso não sei Amar... porque sou viciada em entender...

Passei a ocupar meus dias pensando sobre o que, afinal, é isso que todo mundo enche a boca para chamar de Amor... como se fosse algo simplificado:
– Defina em meia dúzia de frases, é fácil, querida.
É fácil? Pois a querida aqui não entende como uma simples palavrinha formada por apenas duas vogais e duas consoantes pode absorver um universo de sensações contraditórias... diabólicas... insensatas... incandescentes... e intraduzíveis...
O que é Amor?
Já tentei explicar a mim mesma e, por mais que eu tente, jamais conseguirei atingir a essência dessa anarquia que dispensa palavras...

                                                  (Martha Medeiros em Fora de Mim)

“Sim... Amar prescinde de entendimentos... por isso não sei Amar... porque sou também viciado em entender...”

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