domingo, 9 de janeiro de 2011

Quem me roubou de mim ?

Quando escrevi um dos últimos posts do ano passado, comentei sobre os períodos de férias (no qual me encontro também atualmente, graças a Deus...) e que minha inspiração para escrever estava igualmente em férias...
E hoje, quando resolvi escrever o primeiro post de 2011, foi justamente por causa de uma, digamos, ‘manifestação’ dessa mesma inspiração que continua em férias (literalmente)...
Escolhi começar o ano citando um livro que li pouco tempo atrás e que foi muito importante nesse processo contínuo de auto conhecimento pelo qual passamos (ou, ao menos, deveríamos) durante toda a vida...
Reproduzo abaixo uma parte chamada “Egoísmo” deste livro do Padre Fábio de Melo, intitulado “Quem me roubou de mim? – O sequestro da subjetividade e o desafio de ser pessoa”, da Editora Canção Nova...



"Sinto falta de você...
Mas o que sinto falta é de tudo o que é seu e que me falta.
Sinto falta de minhas faltas que em você não faltam.
Sinto falta do que eu gostaria de ser e que você já é.
Estranho jeito de carecer, de parecer amor.
Hoje, neste ímpeto de honestidade que me faz dizer,
Eu descobri minhas carências inconfessáveis
Que insisto em manter veladas.
Acessei o baú de minhas razões inconscientes
E descobri um motivo para não continuar mentindo.
Hoje eu quero lhe confessar o meu não amor,
Mesmo que pareça ser.
Eu não tenho o direito de adentrar o seu território
Com o objetivo de lhe roubar a escritura.
Amor só vale a pena se for para ampliar o que já temos.
Você era melhor antes de mim, e só agora posso ver.
Nessa vida de fachadas tão atraentes e fascinantes;
Nestes tempos de retirados e retirantes,
Sequestrados e sequestradores,
A gente corre o risco
De não saber exatamente quem somos.
Mas o tempo de saber já chegou.
Não quero mais conviver com meu lado obscuro,
E, por isso, ouso direcionar meus braços
Na direção da dose de honestidade que hoje me cabe.
Hoje quero lhe confessar meu egoísmo...
Quem sabe assim eu possa
Ainda que por um instante amar você de verdade.
Perdoe-me se meu amor chegou tarde demais,
Se meu querer bem é inoportuno e em hora errada.
É que hoje eu quero lhe confessar meu desatino,
Meu segredo tão desconcertante:
Ao dizer que sinto falta de você...
Eu sinto falta é de mim mesmo."

Como ele diz já no prefácio do livro: “Há pessoas que nos roubam... Há pessoas que nos devolvem.”  
Para todos nós que buscamos ser pessoas melhores a cada dia... E em especial... meu Anjo por estar sempre presente... e me devolvendo novamente à vida...

2 comentários:

  1. Tenho esse livro...e sinceramente, não sei como alguem pode dizer que não entendeu a mensagem desse livro!
    Ja fui "sequestrada" neste caso....e encontrei uma pessoa que me devolveu a mim mesma: EU.
    Parabens pela postagem!

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  2. Pensei em quantas vezes somos "sequestrados" em nossas vidas... e nem sempre somos "devolvidos"... Obrigado pelo carinho de sempre!

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