“Saberás que não te amo... e que te amo.
Posto que de dois modos é a vida...
A palavra é uma asa do silêncio,
O fogo tem uma metade de frio.
Eu te amo para começar a amar-te,
Para recomeçar o infinito.
E para não deixar de amar-te nunca:
Por isso não te amo todavia.
Te amo e não te amo...
Posto que de dois modos é a vida...
A palavra é uma asa do silêncio,
O fogo tem uma metade de frio.
Eu te amo para começar a amar-te,
Para recomeçar o infinito.
E para não deixar de amar-te nunca:
Por isso não te amo todavia.
Te amo e não te amo...
Como se tivesse em minhas mãos
As chaves da fortuna
E um incerto destino desditoso.
Meu Amor tem duas vidas para amar-te...
Por isso... te amo... quando não te amo.
E por isso te amo... quando te amo!”
E um incerto destino desditoso.
Meu Amor tem duas vidas para amar-te...
Por isso... te amo... quando não te amo.
E por isso te amo... quando te amo!”
(Pablo
Neruda)
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