quarta-feira, 18 de maio de 2011

Fundamental é mesmo o Amor...


Quando fiz o post anterior “Dizer o Amor...” com o texto da Ana Jácomo, fiquei impressionado com a força e a simplicidade da verdade ali existente... “Se você ama... diga que ama!”
Isso é muito certo mesmo... porque o Amor é tão fundamental em nossas vidas... quanto a sua própria expressão deveria ser...
Amar... é verbo que necessita ser conjugado...

Então... a partir disso, hoje vamos falar um pouco mais sobre o Amor...
Isso me lembra uma canção do maestro Tom Jobim, que diz: “Fundamental é mesmo o Amor... É impossível ser feliz sozinho...” (Wave, 1967)
Acho que este  trecho traz duas verdades... tão absolutas quanto antagônicas... diria até que vai daquilo que eu concordo integralmente (primeira parte) ao que discordo totalmente (segunda parte)...

Pois, sim... o Amor é fundamental... mas, dá pra ser feliz sozinho também...

Porque o Amor sobre o qual eu escrevo neste momento é o sentimento maior de todos... aquele que move o mundo... e as pessoas... em nome do qual são realizados desde os mais belos atos... até as maiores atrocidades da humanidade...
O Amor é sempre inteiro... e se basta... por si só.
Ele doa o que há de melhor em si... mesmo quando não recebe nada em troca.
Ele independe de ser aceito... compreendido... ou mesmo, acreditado pelos outros.
O que eu quero dizer é que o Amor é um só... mas, você pode amar de muitas maneiras... ao longo da vida...
Amor é Amor... e existe! Desde sempre... é vivo... é humano... é Divino (este, absoluto).
Seja pelos pais... pelos filhos... pelos irmãos... pelos amigos... entre os ‘enamorados’...
O que varia... são os tipos... frequências... graus... nuances... formas... de Amor...
Não se pode nem mesmo compará-los... seria um desrespeito ao sentimento maior...
Assim... não há que se restringir o uso da palavra... e, sim... ampliar...

Muitas pessoas acreditam que a felicidade está apenas em serem amadas... naquilo que recebem... como é ‘pequeno’ pensar assim... isso não é “nada”...
Enquanto que... Amar é “tudo”... é a possibilidade de se sentir realmente vivo...
Acredito que somente quem é capaz de sentir isso, quem ousar viver dessa forma, se entregar assim, se doar desse jeito... pode, de alguma maneira, se aproximar daquilo que costumamos chamar de felicidade...

Amor... palavra essa tão banalizada nesses tempos atuais... tão restrita ao lugar comum... parece tão fácil para as pessoas dizerem: “Eu Te Amo”, sem sentir de verdade...
Afinal de contas... amanhã irão repetir novamente para outra pessoa... e outra... e outra...
Textos decorados... vazios... sem cor... sem alma... sem sentimento...

O Amor é tão mais que isso...
O Amor é muito maior...  que uma pessoa tentando ‘prender’ a outra do seu lado... ‘anular’ a outra em nome de um suposto sentimento... ‘consumi-la’ em ciúmes, das maneiras mais inexplicáveis...
O Amor tem que ser incondicional... não há o que ser cobrado do outro... tem que nascer livre...
Não se ama por decreto... por obrigação... mesmo a reciprocidade não é necessária no Amor!
Pode-se amar somente de um lado... e ainda...  sim, ser Amor.
Tudo bem... não há uma ‘relação conjugal’ assim... mas, há Amor.
Nem todo Amor tem que se transformar em relacionamento “par”... casal... amantes...
Por isso... em nossa vidas... no dia a dia... é possível ser feliz sozinho... Sim!
Mas, nunca sem Amor... pois, sem ele... nada teria graça... a vida perderia o verdadeiro sentido... e então... não sentiríamos mais nada...!

                                                                                                               (MCM)

"Amar não dói... o que dói são nossas impossibilidades..."

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