segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Os Bons Tempos Voltaram !?

Depois de passar a semana inteira explicando para mais de uma dezena de pessoas que a banda ABBA – The Show, que se apresentaria neste sábado na München Fest, NÃO era a original, resolvi fazer um post sobre isso.
Grande parte da confusão que se viu com relação a ‘originalidade’ ou não de ex-membros da banda teve origem na organização da festa e outra parte da própria imprensa local.
Faltou informação em ambos os casos ou era mais ‘cômodo’ deixar rolar o consumo de ‘gato por lebre’?
Enfim, a banda na verdade chama-se Waterloo, nome da música do ABBA verdadeiro que dá nome ao segundo álbum da banda (1974) e que tornou o quarteto sueco conhecido mundialmente neste mesmo ano ao vencer o Eurovision Song Contest na Inglaterra. Já estiveram no Brasil em maio deste ano, quando um dos organizadores do show em Goiânia foi preso, justamente acusado de propaganda enganosa por vender o show da ‘banda cover’ como se fosse ‘original’.
A banda conta com dois músicos, o saxofonista e o baterista, que fizeram parte da banda de apoio que acompanhou o ABBA verdadeiro ao longo dos anos 70 e início dos 80, participando inclusive, da gravação (em estúdio) de algumas músicas da banda.
Lembrando que o ABBA era formado por Agnetha Fältskog, Björn Ulvaeus, Benny Andersson, Anni-Frid Lyngstad (Frida) e que após a separação da banda não mais voltaram a se apresentar todos juntos novamente.
Mas, vamos ao que interessa... O Show!
A banda apresenta, ao vivo, um Tributo ao ABBA através de suas inesquecíveis canções. Contam com figurinos baseados na banda verdadeira e alguns integrantes da National Symphony Orchestra of London dão um toque todo especial aos arranjos que seguem bem próximos aos originais, além de um coral infantil em dois momentos (sendo que em I Have A Dream faz-se referência total ao vídeo original). Os músicos fazem a sua parte e, como seria de se esperar, o saxofonista tem seus momentos de destaque e solos. As vocalistas são esforçadas, tentam seguir as vocalizações principais de cada canção como foram gravadas por Agnetha e Frida, salvo em alguns momentos como a clássica The Winner Takes it All, cantada neste show pela ruiva/morena ao invés da loira.
Desde a abertura com Summer Night City (em sua full version) até o bis com a sempre aguardada Dancing Queen e Thank You for The Music, intercalando momentos românticos (S.O.S. ... hora dos amantes) com outros altamente dançáveis (Gimme Gimme Gimme... yes, Madonna também bebeu na fonte) e até mesmo uma interpretação em espanhol (caso de Chiquitita) foi um show agradável.
Depois de pouco mais de uma hora e meia de show, a sensação é que algumas dessas canções continuarão sobrevivendo ao tempo e, para quem colocou apenas suas expectativas dentro do que é assistir a um cover de uma banda que já não existe há quase trinta anos, a diversão foi garantida...  “You can dance, you can jive, having the time of your life...”

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