segunda-feira, 19 de maio de 2014

Encontros...


Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam.
Geralmente estes encontros acontecem quando chegamos a um limite, quando precisamos morrer e renascer emocionalmente.
Os encontros nos esperam – mas a maior parte das vezes evitamos que eles aconteçam.
Entretanto, se estamos desesperados, se já não temos mais nada a perder, ou se estamos muito entusiasmados com a vida, então o desconhecido se manifesta, e nosso universo muda de rumo.
Todos sabem amar, pois já nasceram com este dom.
Algumas pessoas já o praticam naturalmente bem, mas a maioria tem que reaprender, relembrar como se ama, e todos – sem exceção – precisam queimar na fogueira de suas emoções passadas, reviver algumas alegrias e dores, quedas e subidas, até conseguir enxergar o fio condutor que existe por detrás de cada novo encontro.
                                                                                                        (Paulo Coelho)

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Recordações...


Um velho sábio chinês estava caminhando por um campo de neve, quando viu uma mulher chorando.
“Por que choras?”, perguntou ele.
“Porque me lembro do passado, da minha juventude, da beleza que via no espelho, dos homens que amei. Deus foi cruel comigo porque me deu memória. Ele sabia que eu ia sempre recordar a primavera de minha vida, e chorar”.
O sábio ficou contemplando o campo de neve, com o olhar fixo em determinado ponto. A certa altura, a mulher parou de chorar:
“O que estás vendo aí?” Perguntou.
“Um campo de rosas”, disse o sábio. “Deus foi generoso comigo porque me deu memória. Ele sabia que, no inverno, eu poderia sempre recordar a primavera, e sorrir”.
                                                                                                      (Paulo Coelho)